quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mais do mesmo ou melhor não existe a bala de prata!


 Republico dois pequenos artigos do Nassif sobre os estertores da campanha Tucana,  e seu relacionamento com a velha mídia. Concordo com tudo  que ele diz em gênero número e grau, o mais lamentável disso tudo é que a oposição vai quase desaparecer, o que não é muito saudável, más, verdade seja dita esta que está ai e nada é o que poderíamos chamar de a mesma coisa. E a velha mídia? Esta já está avacalhada faz tempo!

Esperando o Último Factóide do JN

Por Luís Nassif em seu Blog

Para Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, não há mais retorno nas atuais eleições. Será impossível ao candidato José Serra virar o jogo, baseado em um dado definitivo: hoje em dia sua taxa de rejeição é superior a 40%.

Os institutos costumam trabalhar com taxas de abstenção e votos nulos da ordem de 20%. Significa que 40% é um corte, representando 50% dos votos válidos. E sem garantir que os 50% que não o rejeitam votarão nele. Enquanto isto, os índices de rejeição à Dilma estacionaram em menos de 30%.

Por outro lado, aumentaram também os índices de rejeição a Marina Silva, sem que tivessem aumentado seus eleitores. Logo, ela não terá fôlego para dividir votos e levar a eleição para segundo turno.

Esse dado é informante para demonstrar o tiro no pé da propaganda negativa de Serra. O índice de popularidade de Dilma depende, em grande parte, de Lula. O de impopularidade de Serra é obra exclusiva do próprio candidato.

Agora, é aguardar o próximo lance, diz Guedes, que, assim como toda a torcida do Flamengo e do Corinhians, sabe que virá na forma de um último dossiê, a ser divulgado pelo Ali Kamel, no Jornal Nacional, nas vésperas das eleições.

São eleições tão previsíveis que a bala de prata será como final de novela. Na véspera do fim da campanha eleitoral gratuita, as pessoas se encontrarão na rua e perguntarão umas às outras: o que você vai fazer hoje? E a resposta será: já compramos cerveja, guaraná e pipoca e vamos reunir os vizinhos para assistir o último dossiê do Jornal Nacional.

Observações sobre a Entrevista de Serra

Por Luís Nassif no seu Blog

1. Ao contrário da entrevista de Dilma, Serra respondeu a perguntas do Jornal da Globo sobre seu programa de governo, sua visão de país. Dilma, apenas sobre factóides e bolivarianismos. Pena!

2. As críticas contra a política econômica são corretas. Se Serra não tivesse se convertido em biruta de aeroporto, era o ponto a ser focado desde o início da campanha, em vez desse horror de populismo barato e de propaganda negativa, que passou ao eleitor a imagem de um candidato falso, rancoroso e revanchista.

3. Quando fala de seu governo, continua um blefador ilimitado. Não tem nenhuma informação maior sobre a cracolândia, nenhuma visão de saúde pública sobre o tema. Limita-se a informar que São Paulo tem uma política de saúde que cria clínicas especializadas para drogados, "que o governo federal é contra". Foi criada UMA clínica com 30 lugares, permitindo atender no máximo 300 pacientes por ano. Se isso for política de saúde, Serra é estadista.

4. Fica cada vez mais claro que o livro do Amaury Jr desestabilizou toda a campanha de Serra. No dia em que o pessoal do staff de campanha relatar o desastre, tenho certeza de que o centro será o livro. A campanha negativa, os ataques, as acusações de dossiês, não se constituíam em estratégias de campanha: parecem muito mais estratégias jurídicas do candidato, para enfrentar futuros problemas

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