quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A semiótica, minha dor de cabeça e a minha paciência; nunca vou fazer parte da manada!


Ando com uma certa dor de cabeça!
Contemplo que meu país se encontra doente, devendo ser esta a fonte de minha dor. Penso na minha dor miseravelmente pelo que vejo e sinto. Enxergo um Brasil hipócrita que para mim não está buscando as reais soluções para os seus imensos problemas. Mirando uma falsidade típica do nosso percurso histórico, montada em cima da corrupção vendida por uma mídia oligárquica. Assistindo as pessoas, incluindo as que muito conheço, não entenderem o que digo ou penso e agindo de forma desagradável e agressiva, como se fossem os donos da verdade.
E qual é a verdade?
Honestamente aprendi com Sócrates que sei que nada sei! Mas tenho alguns pensamentos sobre estes tipos de verdade que andam por aí e é dessa forma que as enxergo e relato abaixo. Isto diminui um pouco a minha dor deste cansaço ilógico que ocorre por aqui:
  • Estou cansado de donos da verdade! Afinal sou da doutrina da qual a mente humana não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade.
  • Com meu fastio dos donos da verdade, vejo apenas uma coisa: a insensatez é infelizmente uma marcha sem dono!
  • Eu exausto dos donos da verdade de agora, pior vai ser o mea culpa daqui a 20 ou 30 anos. Vai ser realmente enfadonho!
  • No meu esgotamento dos donos da verdade penso apenas que cada cérebro dá aos fatos a escala de valor que é capaz.
  • Os donos da verdade que me extenuam nunca ouviram falar de Sócrates, só sei que sabem de tudo e eu só sei que nada sei!
  • Os donos da verdade com certezas absolutas, das opiniões mais estapafúrdias, da agressividade desmedida ditas no tom incisivo de quem não admite dúvida, me deixam combalido.
  • Acabo de descobrir que os donos da verdade me deixam extenuado, na verdade apenas incorporam um espirito de manada. Pensar para quê?
  • Sabe porque os donos da verdade me exaurem? Porque ninguém gosta de clichê e mais clichê! Sufocante afinal!


Tenho que escrever, mesmo esgotado dos donos da verdade! Porque de silêncio em silêncio pode se chegar o dia de não poder mais se falar ou escrever! Mas de onde vem esta dor e esta formação de um país doente! Qual a origem e a etiologia desta endemia, que assola a todos e forma esta manada, que aos poucos vai atrasando a nossa chance de que um futuro melhor chegue mais rápido. Qual a sua fonte e como se propaga?
O que ocorre nestes dias é que toda a nossa gente é refém de ataques semióticos. Ataques esses que são ainda mais nocivos e destrutivos que textos de colunistas pagos para fazer esse tipo de serviço. Na verdade, são fotos, charges, vídeos curtos, de maneira que o ódio é relativamente fácil de ser alimentado. Isto porque boa parte das pessoas, nos tempos corridos de hoje apenas prestam atenção nestes pontos específicos das reportagens! E como se sabe o pior cego é aquele que não quer ver! Com a semiótica influindo, mais fácil fica a formação dos cegos morais neste país.
 A grande ironia é que a ética não é um valor abstrato, e este furor jornalístico criado no Brasil visando a destruição moral de pessoas e de partidos vem fomentando o ódio, visando simplesmente os desejos dos donos dos veículos de comunicação e do pensamento mais retrogrado sobre o desenvolvimento humano, e pouco importando pelo bem-estar da sociedade. Este processo vem excluindo as pessoas das diferenças do pensar democrático, perseguindo incessantemente o pensamento diferente. O que se quer por fim, é que não é esperado de ninguém a concordância, espera-se sim, apenas a compreensão, mas isto está sendo morto no Brasil!
A doutora Fabiana Moraes da Silva publicou em um estudo sobre comunicações de nome "A não-notícia, um produto do infoentretenimento" que a característica mais comum dos pseudo-eventos é a presença da ambiguidade: o "deve ser", o silêncio de um famoso diante de algum suposto escândalo não esclarecido, o não-acontecimento torna-se cada vez mais comentado, alimentando assim uma série de suposições e, consequentemente, novos pseudo-eventos. Os pseudo-eventos se alimentam da ambiguidade para produzir ressonância no campo midiático, gerando comentários e garantindo assim sua presença nos meios de informação.
Ela caracteriza assim os "não fatos":
  1. Não são espontâneos, e sim planejados, plantados ou incitados. Jamais seriam possíveis num terremoto ou num acidente de trem, e sim por exemplo numa entrevista.
  2. São plantados para imediatamente serem reportados e reproduzidos, e essa reprodução é organizada de forma conveniente para ser reportada pela mídia. A grande pergunta "isso é real?" é menos importante do que "vale a pena ser publicado?"
  3. Sua relação com o conceito de realidade é ambígua. Na verdade, o interesse pelo material cresce à medida que ele é de fato ambíguo.
  4. Geralmente, se auto-realiza ao cumprir sua própria profecia. Tem o mesmo conceito que um fait drivers: seu sentido termina nele mesmo. 


Mais para mim nós temos é que experimentar todas as ideias tolas até chegar a correta. Portanto precisamos estar preparados para falhar inúmeras vezes e cometer muitos erros. Este é o padrão científico. E para mim o correto. Ou seja, precisamos estar constantemente investigando as possibilidades do mundo. E respostas corretas só existem para os que não querem pensar. Logo não compartilho nada com estes ditos donos da verdade, destes reis da semiótica e com aqueles que se dizem donos da partícula de Deus.
Com este texto muitos devem pensar que sou “comunista”, “socialista” e um monte de mimimi; lamentavelmente não enxergam nada. Apenas não vou fazer parte da manada, não vou ser parte de conceitos de coordenações sociais, na base do “muitos querem ou são, eu também quero ou sou”. É muito mais difícil ser aparentemente do “contra”.
Contudo sou humanista e penso constantemente no bem-estar das pessoas. Assim acho que o estado tem o que fazer em uma sociedade, principalmente numa sociedade desigual como a nossa, temos um estado com uma justiça lenta, aquela que normalmente tarda, logo ela é sempre falha, e que só finge que funciona quando se falam em processos a políticos ou a indivíduos coligados com a dita mídia, fazendo parte desta velha hipocrisia, de um legislativo tristemente mal votado e esquecido por nós eleitores. Efetivamente só lembramos em quem votar nos poderes executivos e desta vez montamos um legislativo "monstruoso". Esquecemos sempre que a responsabilidade pelo estado é do presidente, "mas que a vontade institucional" está no Congresso! Temos que perceber isto urgentemente! Temos que nos educar e nos livrar destes processos semióticos, temos que curar o nosso país doente.
Contudo sei também que tudo gira, e assim espero o vai e vem da humanidade e do Brasil. E aí amigos, “o roda mundo” roda! E as pessoas vão aprendendo! E graças a Deus, a paciência e o tempo são meus grandes heróis, afinal a história, é uma moça irônica, trabalha secretamente, rindo no escuro!

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