Educar é uma arte que se aprende diariamente, não é uma receita de bolo e um filho é diferente do outro, digo isso de minha pouca experiência como pai visto que as minhas menininhas têm apenas 3 anos e meio e 1 ano e 4 meses. As vezes parece um bonde lotado que você pensa até em descer, mas na maioria do tempo (mais ou menos 99,99% dele) é uma experiência maravilhosa que se for conduzida com lucidez, certamente tornará em bons frutos. Não posso recriminar de ninguém uma palmadinha ou outra mas isto não deve ser a regra da educação e sim exeção em especialíssimos casos, e principalmente não devemos nos esquecer nunca quem é o adulto da relação, pelo menos até que as crianças tenham 18 anos. Portanto concordo com a Úrsula em gênero, número e grau, no post que reproduzo abaixo.
A Mão do Estado
Pessoalmente
acho importante educar as crianças na base da conversa. Não quero
passar a noção de que vence o mais forte. Obviamente a relação pai-filho
já pressupõe uma desproporção, mas não concordo em usá-la de forma
agressiva. Outras habilidades, que não o poder de bater deverão ser
cultivadas. Por outro lado sei que o cotidiano de educar uma criança
requer amor e boa dose de paciência, de forma que não recrimino os que
recorrem a uma palmada nesse processo (nem preciso dizer que aqui se
excluem os excessos). A questão é que inúmeros são os casos que
extrapolam de apenas uma palmada corretiva para violência brutal contra
crianças que vemos todos os dias nos jornais. Neste campo é necessária
sim a interferência do estado, porém até que ponto o foro íntimo de cada
família pode ser invadido?
O
assunto veio a baila por conta do projeto de lei da Deputada Federal
Maria do Rosário do PT gaúcho proibindo os castigos físicos. Os
especialistas dizem que o projeto não criminaliza palmada, mas apenas
tenta servir de paradigma para a sociedade perceber o que é “certo” na
educação das crianças.
Considero salutar fomentar uma cultura de paz, porém me pergunto se é possível fazer um julgamento de valor, se é possível determinar ao pai como educar. E será esse o papel do Estado? A jornalista Eliane Brum escreveu em um de seus artigos “ao exercer sua autoridade de forma abusiva, o Estado infantiliza seus cidadãos”.
Considero salutar fomentar uma cultura de paz, porém me pergunto se é possível fazer um julgamento de valor, se é possível determinar ao pai como educar. E será esse o papel do Estado? A jornalista Eliane Brum escreveu em um de seus artigos “ao exercer sua autoridade de forma abusiva, o Estado infantiliza seus cidadãos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
seu comentário será publicado desde que não seja grosseiro. Opiniões contrárias são bem vindas, mas com argumentos e não com baixarias.