sábado, 25 de outubro de 2014

É da democracia, paciência infinita.

Atualizado no dia 27/10/2014

Ganhei a eleição, mas e daí, no final das contas perdi o debate político! Infelizmente perdi para a falta de civilidade. E é uma pena, porque o que me faz triste, é o sentimento de impotência diante de tanto ódio. O que parece para mim tão óbvio, para os odiadores infelizmente, jamais será legítimo, afinal de contas vemos o que queremos ver. A política é a arte da dialética, que fizemos questão de esquecer neste processo eleitoral! Desta forma fica muito difícil reconstruir Cartago, com a conduta que tivemos. Vai ser difícil conciliar o meu país.

Espero que eu ao menos tenha feito o bom combate lembrando que é impossível evitar confrontos porque a política é feita de diferenças e de conflitos. Contudo, gostaria de alertar que isto é bom, é desta maneira que a sociedade evolui ou involui. Na verdade, com o tempo, o radical será o futuro. Afinal, como disse o rabino Nilson Bonder que nos traz em seu livro “A Alma Imoral” a ideia de que transgressão promove evolução, tradição promove estagnação. Pensando desta forma isto para mim é histórico, e a história é que efetivamente nos liberta. Neste combate infelizmente fiquei cansado de frase feitas e de raciocínios desconexos e de ódio, e que finalmente não queriam efetivamente discutir as reais  e as diferenças dos candidatos, ou apenas muito liminarmente o que isto representaria.

Com a perspectiva de Immanuel Kant (século XVIII), de que a imagem que construímos do mundo a nossa volta não se baseia apenas no que existe, mas também do que nós criamos mentalmente, lembro que tive lado sim e não nego isto, terei sempre o meu lado em qualquer momento de disputa, isto é democrático o que para mim é o mais importante. Digo o que quero dizer porque a constituição me permite isto, e permite a todos e por isso eu luto também. Parafraseando Voltaire; "não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las". Concordo definitivamente que existe uma grande quantidade de pessoas que pensam diferente de mim e isto para mim é o máximo, e portanto as respeito e as escuto profundamente, quem sabe juntos não podemos criar algo melhor. Afinal de contas  o verdadeiro homem de ciência que penso que sou, aposta sempre em todos os cavalos, e aplaude incondicionalmente o vencedor, qualquer que seja. Concluindo ao fim, é  da democracia, paciência infinita!

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