sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cuidado com a Ecologia

Tenho muitas restrições aos ecologistas, não quero dizer com isso que o tema não deva ser discutido,  muito pelo contrário, sou favorável a discussão sobre temas que envolvem paixões, más alerto aqui que devemos ter um certo cuidado com a ecologia. As bandeiras ecológicas, vejam só, estão na pauta do dia e o que é pior todas parecem ser politicamente corretas! epa! alerta amarelo ou talvez vermelho!

Slavoj Zizek, em "Examined life" disse : A ecologia está lentamente se tornando o novo ópio das massas, a maneira, como todos sabemos, como Marx definiu a religião. Aquilo que nós esperamos da religião é uma espécie inquestionável de autoridade: esta é a palavra de Deus, então é isso, não é algo que você questione. Afirmo que hoje a ecologia está se tornando mais e mais uma ideologia conservadora. Sempre que há uma importante descoberta científica, desenvolvimento da biogenética ou algo assim, surge uma voz que nos alerta para não ultrapassar, não violar certos limites invisíveis, “não faça isso, isso é demais”.  Hoje, mais e mais, esta voz é da ecologia: “não mexa com o DNA, não mexa com a natureza, não faça isso”. Isto é a ecologia hoje. (Ecology will slowly turn maybe into a new opium of the masses, the way, as we all know, Marx defined religion. What we expect from religion is a kind of unquestionable highest autority: it's God's word, so it is, you don't debate it. Today, I claim, ecology is more and more taking over this role of a conservative ideology. Whenever there is a new scientific breakthrough, biogenetical development, whatever, it is ever the voice which warns us not to trespass, violate a certain invisible limit, like "don't do that, it will be too much". That is today, more and more, the voice of ecology, like "don't mess with DNA, don't mess with nature, don't do this". This is ecology today.).

Numa carta do filósofo Alcuíno (Alcuin), que viveu no primeiro século após o nascimento de Cristo postulou: "E essas pessoas não devem ser ouvidas por quem continua dizendo que a voz do povo é a voz de Deus, desde que a devassidão da multidão sempre está muito próxima da loucura"

Venhamos e convenhamos da minha perspectiva preciso concordar com o Zizek, e com o Alcuíno, pois este tipo de pensamento normalmente é feito de forma acrítica e portanto com um viés torto e com a tendência de não permitir o contraditório. Apresentam suas bandeiras procurando torná-las verdades de fé ou em mitos como por exemplo o do aquecimento global (Vejam artigo magnífico do Dr. Luíz Correia no excelente Medicina Baseada em Evidências sobre o tema), acabam assumindo diversos preconceitos e o pior, quase sempre não apresentam alternativas.

O meio ambiente e sua eventual degradação são temas muito sérios para serem analisados de uma perspectiva simplista e a maior quantidade possível de dados e evidências precisam ser levados em conta para que decisões sejam tomadas nesta área, para que as consequências destas decisões sejam o mais satísfatórias possíveis dentro de uma perspectiva de sustentabilidade. O custo benefício corretamente avaliado é o que trará sim uma perspectiva definitiva de futuro melhor para o planeta e para as espécies que aqui vivem.

sábado, 21 de agosto de 2010

Cuidado! Mídia Brasileira!

Fantástico, Esses avisos provenientes do OESQUEMA, são para que não fiquemos em uma só fonte de informação, e deviam ser obrigatórios nas reportagens de certos veículos de comunicação Brasileiros.






P. S. Prefiro não dizer quais são.

sábado, 14 de agosto de 2010

O Genérico




Começou o desembarque fascinante na eleição. A Globo inicía pelo seu canal de notícias (veja o vídeo acima), más lógico que antes tinha que avacalhar o último dos seus veículos com a reportagem da capa da revista Época esta semana, o quadro de dúvidas chega ser inacreditável.


Do meu ponto de vista se estas dúvidas fossem verdades, só aumentaria o meu respeito por ela, visto que, era uma jovem que reagia a um governo ilegítimo e opressor e portanto praticava o chamado terrorismo de estado em um combate totalmente desproporcional.

No mais o Data Folha dobrou o Joelho. Vamos ver o que vem mais por aí. Da minha parte começo a pensar que as eleições estão resolvidas e de lavada.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quem com porcos anda farelo come "Hoc mihi luce clarius est"

 Entender os preconceitos da nossa elite é muito fácil se conseguimos enxergar de onde o mesmo vem, e está ficando cada vez mas difícil não se perceber isso. Esclarecendo: a mídia que escreve e fala para si mesma e para um público cada vez menor. Já dizia o Old Abe "É possível enganar a todos por um certo tempo, é possível enganar alguns o tempo todo mas é impossível enganar a todos o tempo todo." A máscara da imparcialidade midiática caiu faz tempo e aos poucos só restam aqueles que se deixam enganar o tempo todo. Ou seriam aqueles que como andam com os porcos se alimentam da mesma fonte. Abaixo artigo esclarecedor do Emir Sader

O Escândalo  Lula

Por Emir Sader na Agência Carta Maior

Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mário Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.

Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.

Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.

Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.

Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apoiam.

Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.

Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.

A tradução da citação latina do título é "Para mim isso é mais claro que a luz"
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