segunda-feira, 21 de julho de 2014

Para que servem os arquétipos? E as nossas discussões de hoje em dia!



Vejo hoje as discussões das pessoas e acho que são válidas  seja de que lado as pessoas estão, ela é importante e deve sempre ser feita, contudo é preciso entender que a política é um processo de dialética e deveria estar presente com mais força em todos nós, ela é montada através de polêmicas e as vezes possui até uma forma ácida, contudo deve na discussão existir elegância e não apenas este conceito baseado em esquemas de que um lado é corrupto e outro não! Desta forma não temos nenhuma discussão real do que pode ser melhor ou pior para a sociedade, ou o país em que vivemos e infelizmente é assim que eu vejo na maioria dos discursos. Raiva e desilusão só servem para ficar tudo do jeito que está.

Precisamos efetivamente melhorar nosso discurso e não ficar simplesmente amarrados nas nossas idéias em contraposição ao próximo. Cuidado com o ceticismo dogmático. De certa forma, o ceticismo é como um remédio que deve ser ingerido na dose certa, pois, se tomado em excesso, intoxica. Na verdade não devemos efetivamente viver acorrentados nas nossas idéias.

No entanto vivemos em um tempo de mudanças querendo reconhecer ou não. E, portanto é impossível evitar confrontos quando se pensa ou se avalia mudanças. Há o entendimento racional, por mais frustrante que possa ser que ao tentar se argumentar, o que se vê é uma profusão de frases feitas, raciocínios desconexos, quando não se parte para os impropérios e condutas agressivas. Pois o pior perigo, ou a frustração é quando estamos tentando convencer alguém com mil arrazoamentos, raciocínios e argumentos lógicos e descobrir que não estamos conversando com a pessoa, mas sim com a sua vontade. E esta é sempre cega e irracional e totalmente montada por arquétipos. Estes arquétipos viram dogmas, e o dogma é quando a gente acredita em uma coisa porque quer acreditar e pronto.

Contudo, se embasar em evidência no entanto, é estar de mente aberta e olhar para os dados de maneira fria, estatística, a procura da melhor conclusão. É o cérebro direito funcionando mais do que o esquerdo. A mente infelizmente não funciona estatisticamente, funciona de acordo com suas crenças e emoções, ficando sujeitas a vieses de pensamento e fatores de confusão. Falando cientificamente: plausabilidade não garante realidade. É mais confortável ouvir alguém falar o que já pensamos, dá menos trabalho mental, por mais monótono que isso possa ser. Este é o fenômeno de conforto cognitivo. Precisamos olhar para frente, sair na zona do mesmo e nos permitir transgressões de velhos paradigmas. Assim, evoluiremos científica e filosoficamente. Immanuel Kant (século XVIII) nos trouxe a perspectiva de que a imagem que construímos do mundo a nossa volta não se baseia apenas no que existe, mas também do que nós criamos mentalmente.  Ou seja: Realidade = sentidos + mente.

Este é um processo mental necessário, porém esta dependência da mente na construção da realidade torna subjetiva a percepção desta mesma realidade, nos sujeitando a armadilhas de nosso inconsciente. Estas armadilhas surgem quando interpretamos nossos sentidos com base em pré-conceitos da realidade. A informações obtidas de forma independente possuem caráter confirmatório muito mais forte do que informação obtidas de forma dependente. Esta é a diferença entre informação redundante e informação incremental. Tudo isto se baseia nos conceitos da Heurística que é um procedimento simplificador (embora não simplista) que, em face de questões difíceis envolve a substituição destas por outras de resolução mais fácil a fim de encontrar respostas viáveis, ainda que imperfeitas. Podendo tal procedimento ser tanto uma técnica deliberada de resolução de problemas, como uma operação de comportamento automática, intuitiva e inconsciente. Parece efetivamente que buscamos respostas cegas em vez de procurar a realidade como fato. Devemos buscar a filosofia de Sartre que diz que devemos sim pensar contra nós mesmos. Procurem portanto ajustar-se a si próprio e não ao mundo que é o que mais vejo por aí.

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