terça-feira, 29 de junho de 2010

Qual é a da África? 3

Enfim chegamos às quartas de final, três seleções Europeias uma Africana e quarto Sul Americanas, é a hora dos gigantes, em apenas um dos quatro jogos não temos pelo menos uma seleção campeã e nem finalista, e dois dos jogos temos cinco títulos em campo (Brasil x Holanda e Alemanha x Argentina) e uma das partidas já foi a grande final duas vezes (México 1986 - deu Argentina e Itália 1990 - deu Alemanha).

Não aposto no título para o Brasil ainda, más acho que do jogo Brasil x Holanda vai sair um dos finalistas da competição, poque no emparcelamento seja o Uruguai ou Gana que vier para a semifinal, penso eu, não têm condição de vencer Holanda ou Brasil. E a seleção do Dunga tem grande chance de vencer o jogo contra a Holanda, particurlarmente acho que vai ganhar.

Como a hora agora é de palpites e não só de torcida a outra a chave é muito mais difícil de fazer uma previsão sobre o finalista porque a semifinal é um jogo aberto, caso o semifinalista seja a Espanha, e deve ser, lembro que é a dona do melhor conjunto dessa copa afinal de contas, pode dar qualquer um dos dois times participantes, más é lógico que o peso da camisa pode contar sendo com certeza um deles a Argentina ou a Alemanha visto que as quartas de final entre estas duas equipes é de difícil especulação sobre o resultado, torço pela seleção sulamericana, porém não se pode descartar a força do conjunto desta seleção Alemã que vem apresentando futebol de excelente qualidade.

Não faço previsão somente em cima de camisa. Más fica mais fácil para as seleções tradicionais. Torço para a Espanha se jogar em contra a Alemanha e contra se a semifinal for com a Argentina. Já disse antes que sou bairrista e que ia ser bonito uma final com los hermanos ah isso ia. Tá chegando a hora de descobrir afinal qual é a da Africa.

domingo, 27 de junho de 2010

E agora?



É muito cedo para cantar vitória, visto que eleição só se define depois da contagem dos votos, mas da forma que a coisa vai parece que não tem jeito,  ainda mais agora com a lambança na aparente escolha do vice que é tão ou mais desagregador que o cabeça de chapa, é uma trapalhada depois da outra e a candidatura explodindo de dentro para fora. 

Carlos Drumond de Andrade escreveu na década de 40 do século passado. será que ele via o futuro? porque venhamos e convenhamos serve como uma luva.

José

E agora, José
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde?

sábado, 26 de junho de 2010

Qual é a da Africa? 2

Acabou a primeira fase da copa da África do Sul e por enquanto as notícias são boas para o Brasil e ampliando-se um pouco para as Américas visto que a excessão de Honduras todos os selecionados deste lado do atlântico se classificaram para as oitavas de final, num total de sete seleções ocupando as dezesseis vagas possíveis, uma vaga ficou com a África, duas com a Ásia e as demais com a poderosa Europa.

Para minha alegria pessoal a Itália e a França já foram embora logo de saída e no emparelhamento das oitavas a Alemanha e Inglaterra vão jogar logo nesta primeira fase do mata mata. Portanto, uma delas vai embora agora, e torço que seja a Alemanha que tem mais títulos.

Continuo achando que o selecionado brasileiro formado por Dunga tem chances de trazer o caneco, mais ainda não dá para apostar. Afinal ainda existem cinco poderosas seleções europeias no jogo e não devemos descartar simplesmente as outras seleções só porque foram historicamente mais frágeis. E é claro ainda tem a Argentina.

O emparcelamento das oitavas também ficou interessante porque sem excessão os seis times europeus que sobraram vão jogar entre si e vão ser reduzidas a três scretes. Enquanto as seleções do lado de cá do Atlântico vão jogar contra os asiáticos e com os africanos só havendo dois cruzamentos de seleções do continente e justamente o Brasil (joga com o Chile) e a Argentina (joga com o México).

Escrevi em postagem anterior que a Copa do Mundo ainda é uma disputa entre a América do Sul e a Europa, porém neste mundial parece que fomos reforçados pelas seleções do Norte do continente. Se perdermos a copa para a Europa espero que quem leve seja uma seleção que não ganhou o título ainda, mas por enquanto acho que as Américas estão em vantagem. Vamos ver afinal qual é a da África!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Novos tempos de cobertura esportiva


A velha imprensa encurralada: as contradições da Globo neste episódio da briga com Dunga, afinal de contas a Vênus Platinada precisa aparecer mais do que a Jabulani!
 

por Leandro Fortes, no muito bom, Brasília, eu vi

A nova era Dunga: o fim do besteirol esportivo

Foi na Copa do Mundo de 1986, no México, com Fernando Vanucci, então apresentador da TV Globo, que a cobertura esportiva brasileira abandonou qualquer traço de jornalismo para se transformar num evento circense, onde a palhaçada, o clichê e o trocadilho infame substituíram a informação, ou pelo menos a tornaram um elemento periférico. Vanucci, simpático e bonachão, criou um mote (“alô você!”) para tornar leve e informal a comunicação nos programas esportivos da Globo, mas acabou por contaminar, involuntariamente, todas as gerações seguintes de jornalistas com a falsa percepção de que a reportagem esportiva é, basicamente, um encadeamento de gracinhas televisivas a serem adaptadas às demais linguagens jornalísticas, a partir do pressuposto de que o consumidor de informações de esporte é, basicamente, um retardado mental. Por diversas razões, Vanucci deixou a Globo, mas a Globo nunca mais abandonou o estilo unidunitê-salamê-minguê nas suas coberturas esportivas, povoadas por sorridentes repórteres de camisa pólo colorida. Aliás, para ser justo, não só a Globo. Todas as demais emissoras adotaram o mesmo estilo, com igual ou menor competência, dali para frente.

Passados quase 25 anos, o estilo burlesco de se cobrir esporte no Brasil passou a ser uma regra, quando não uma doutrina, apoiado na tese de que, ao contrário das demais áreas de interesse humano, esporte é apenas uma brincadeira, no fim das contas. Pode ser, quando se fala de handebol, tênis de mesa e salto ornamental, mas não de futebol. O futebol, dentro e fora do país, mobiliza imensos contingentes populacionais e está baseado num fluxo de negócios que envolve, no todo, bilhões de reais. Ao lado de seu caráter lúdico, caminha uma identidade cultural que, no nosso caso, confunde-se com a própria identidade nacional, a ponto de somente ele, o futebol, em tempos de copa, conseguir agregar à sociedade brasileira um genuíno caráter patriótico. Basta ver os carros cobertos de bandeiras no capô e de bandeirolas nas janelas. É o momento em que mesmos os ricos, sempre tão envergonhados dos maus modos da brasilidade, passam a ostentar em seus carrões importados e caminhonetes motor 10.0 esse orgulho verde-e-amarelo de ocasião. Não é pouca coisa, portanto.

Na Copa de 2006, na Alemanha, essa encenação jornalística chegou ao ápice em torno da idolatria forçada em torno da seleção brasileira penta campeã do mundo, então comandada pelo gentil Carlos Alberto Parreira. Naquela copa, a dominação da TV Globo sobre o evento e o time chegou ao paroxismo. A área de concentração da seleção tornou-se uma espécie de playground particular dos serelepes repórteres globais, lá comandados pela esfuziante Fátima Bernardes, a produzir pequenos reality shows de dentro do ônibus do escrete canarinho. Na época, os repórteres da Globo eram obrigados a entrar ao vivo com um sorriso hiperplastificado no rosto, com o qual ficavam paralisados na tela, como em uma overdose de botox, durante aqueles segundos infindáveis de atraso de sinal que separam as transmissões intercontinentais. Quatro anos antes, Fátima Bernardes havia conquistado espaço semelhante na bem sucedida seleção de Felipão. Sob os olhos fraternais do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi eleita a musa dos jogadores, na Copa de 2002, no Japão. Dentro do ônibus da seleção. Alguém se lembra disso? Eu e a Globo lembramos, está aqui.

O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos. Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado. Esse estado de coisas, ao invés de se tornar um aprendizado, gerou uma reação rançosa e desproporcional, bem ao estilo dos meninos mimados que só jogam porque são donos da bola. Assim, o sorriso plástico dos repórteres e apresentadores se transformou em carranca e, as gracinhas, em um patético editorial.

Dunga será demitido da seleção, vença ou perca o mundial. Os interesses comerciais da TV Globo e da CBF estão, é claro, muito acima de sua rabugice fronteiriça e de sua saudável disposição de não se submeter à vontade de jornalistas acostumados a abrir caminho com um crachá na mão. Mas poderá nos deixar de herança o fim de uma era medíocre da crônica esportiva, agora defrontada com um fenômeno com o qual ela pensava não mais ter que se debater: o jornalismo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Carpe diem ou Cuide das 24 horas do dia!

Hoje estou fazendo mais um Janeiro não tenho muitas queixas da vida mas,  lanço uma pergunta. Como usamos nosso tempo?

Tão precioso e a única coisa que é basicamente igual para todos. Deixo a Tradução da música Time do Pink Floyd (Mason, Waters, Wright, Gilmour), para reflexão.

"Marcando os momentos que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas de uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo que venha mostrar-lhe o caminho

Cansado de deitar-se na luz do sol, ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa e há tempo para matar hoje
E depois, um dia você descobrirá que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr, você perdeu o tiro de partida

E você corre e corre para alcançar o sol mas ele está indo embora no horizonte
E girando ao redor da Terra para se levantar atrás de você outra vez
O sol é o mesmo, relativamente, o mesmo mas você está mais velho
Com pouco fôlego e a cada dia mais próximo da morte

Cada ano está ficando mais curto, você parece nunca ter tempo.
Planos que tampouco deram em nada ou em meia página de linhas rabiscadas
Insistindo num desespero quieto é a maneira inglesa
O tempo se foi, a canção terminou, pensei que tivesse algo a dizer

Em casa, em casa novamente,
Eu gosto de estar aqui quando posso
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom esquentar meus ossos ao lado do fogo
Muito longe, atravessando o campo
O badalar do sino de ferro
Convoca os fiéis a se ajoelharem
Para ouvir feitiços em voz suave."

A letra original em inglês está aqui

sábado, 19 de junho de 2010

AH! a justiça! "Si peccasse negamus, fallimur, et nulla in nobis veritas"

Coitada da Justiça do Brasil, ou melhor coitado do Brasil com a justiça que nós temos. Vamos entender porque! Para começar não quero crucificar a justiça do Brasil como um todo (ou talvez queira), apenas dar uma boa cutucada. Dito isto, faço as minhas considerações sobre o poder judiciário do nosso país como leigo que sou (e é bom que isso fique bem claro), portanto, penso que apenas transmito aquilo que nós, os que não são iniciados nestes mistérios acabamos por perceber.

Existe um ditado que diz que "a justiça tarda mas não falha", certa vez lendo um texto de Mino Carta (provavelmente um editorial da Carta Capital) ele citou um jurista que não me lembro quem seria que dizia "justiça que tarda, é falha". E infelizmente esta é a justiça do Brasil, uma instituição que é falha por tardar sempre e muito. É isso que a nós, os simples cidadãos, nos parece.

É daí, que vem aquela grande sensação de impunidade que tanto nos agride. O modelo processual brasileiro com seus tantos recursos e contra recursos, faz com que os processo não sejam, ou demorem muito para ser resolvidos, então, no final das contas, o grande problema é que a justiça do Brasil não julga, não decide. 

Seria leviano, visto que não tenho conhecimento suficiente, se eu quisesse simplesmente negar  necessidade de recursos processuais tanto da defesa quanto da acusação durante os litígios, mas, não é possível que isso pareça um sem fim. Não se pode em nome do direito de defesa se procastinar decisões indefinidamente. O direito a defesa ampla e total nos processos é para mim clausula pétrea porém é preciso se estabelecer critérios para estes recursos, pois existe uma sensação na população que eles só servem para tulmutuar o processo, acabando por perder a sua credibilidade, visto a demora das resoluções. Um amigo meu , advogado me disse uma vez, "é absolutamente tranquilo ser réu no Brasil". Isto é devido ao excesso de recursos? Não sei, pode até não ser, más, a nós do lado de cá é o que parece ser.

Até onde hipotéticamente, seriam simples despachos (talvez não sejam, não sei!) as coisas andam devagar por causa da burocracia processual, é impressionaste como um simples inventário onde não existe nenhum litígio precise de mais de seis meses para ser resolvido, e vejam não foi resolvido e não existe nenhuma perspectiva de quando sairão os despachos resolutivos finais. Isso é ou não é um absurdo?

É todo este sistema que não sei como precisa ser corrigido, sistema este, que nos coloca neste limbo da aparente falta de justiça e de impunidade, por isso amigos na minha modesta opinião de reles mortal não iniciado nos obscuros mistérios jurídicos, o grande problema do Brasil é a justiça, que precisa reconhecer seus pecados, e é urgente a necessidade de se abrir esta caixa preta (que não seja uma caixa de Pandora). 

Precisa-se de uma verdadeira transformação e não deste ativismo jurídico eleitoral ridículo que alguns dos  integrantes de cargos mais alto do poder judiciário tem feito ultimamente. Precisamos ver a justiça atuando: julgando e resolvendo as situações que a ela chega de forma célere, pois cá entre nós se houvesse realmente julgamentos neste país, principalmente nos casos de colarinho branco, a corrupção seria algo menor na vida desta nação. Portanto se queremos uma pátria melhor, precisamos de uma justiça mais rápida, e é óbvio , com capacidade de estabelecer e fazer valer a verdade, que é a justiça afinal de contas.

A propósito do título, a citação em latim é uma advertência que faz parte do monólogo da abertura do Doctor Faustus de  Christopher Marlowe e tem a seguinte tradução: "Se não reconhecemos os nossos pecados, nada da verdade existe em nós".

quinta-feira, 17 de junho de 2010

De que lado você está?

Não é briga de cão e gato e todos queriam ser bonitinhos como na foto acima mas, o mundo real é um pouco diferente e com as convenções partidárias realizadas, as candidaturas finalmente são oficiais. Agora vai começar uma batalha eleitoral que em alguns momentos vai ser especialmente suja.

Vai ser suja especialmente do lado da oposição que conta com um outro partido que finge não existir  o  chamado "partido da imprensa". Um partido que a cada dia que passa se desmoraliza mais e mais, com uma produção constante de factóides que não se sustentam e são quase que imediatamente derrubados na Internet pelos blogs e as novas tecnologias de comunicação que quebraram o monopólio que antes a grande mídia detinha.

Eu particularmente tenho lado, nessa disputa e acho salutar que cada pessoa tenha o seu, mas como disse em post anterior respeite o meu e não me trate como burro porque se você quiser me fazer mudar não é desse jeito que vai conseguir.

Bom meu lado é o do governo, até para ser coerente comigo mesmo. Não foi o governo dos meus sonhos e com certeza possui muitos esqueletos dentro do armário (quer um exemplo) e que precisam sim ser expostos, para que certos setores menos  nobres, fiquem atentos e mantenham um mínimo de compostura (embora seja difícil) e prudência com o trato da coisa pública.

Portanto o meu apoio não é acrítico como a mídia faz parecer que são os apoiadores do metalúrgico e de seu governo. Apoio por convicção e porque foi feito muita coisa que o outro lado teve praticamente 500 anos para fazer e não fez. Muita coisa deixou de ser feita e muito do que foi feito eu não concordo. Mas política é uma questão de escolha e a maioria das escolhas deste governo para mim foi acertada. Um grande exemplo foi na inserção internacional do país, com uma altivez que apareceu em pouquíssimos momentos da história desta nação.

A opção pelos pobres talvez seja o mais forte ponto de meu apoio ao governo, e quando meus amigos do outro lado chamavam a bolsa família de bolsa esmola e que não se devia dar o peixe e sim ensinar a pescar, sempre respondi com uma pergunta. Se uma pessoa está se afogando o que você faz ? Ensina a nadar ou salva primeiro? Então tudo é uma questão de momento e na verdade nunca quiseram discutir profundamente o programa, afinal é muito mas fácil desqualificar e dizer que é um gerador de vagabundos.

Por esses dentre outros motivos que votarei na candidata do governo a ex-ministra Dilma Roussef, que foi um dos principais pilares do funcionamento do governo e uma das grandes responsáveis para que o segundo mandato do presidente Lula fosse melhor em seus resultados e seus alcances do que o primeiro, ao contrario do que aconteceu na octatéride anterior.

Bom, dito tudo isso vamos para a campanha, espero que tenham um mínimo de dignidade e seriedade se perderem, más se não tiverem estaremos de olho e pode ter certeza, gritaremos muito alto, e não permitiremos que factóides e ou golpes brancos faça retroceder a jovem mais cada vez mais consolidada democracia do Brasil.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Como é Bom Sonhar!

Para pensar em um mundo melhor a tradução de Imagine  de "Jonh Lenon" seria simplesmente maravilhoso um mundo assim!

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
E acima de você apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Talvez você diga que
eu sou um sonhador
Mas não sou o único
Desejo que um dia
você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só

Imagine não existir posses
Surpreenderia-me se você conseguisse
Sem ganância e fome
Uma irmandade humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas não sou o único
Desejo que um dia
Você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só
Quem quiser ver a letra no original em inglês é só ir ao seguinte link

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Qual é a da África?

A copa do mundo começou e dizem todo brasileiro tem um técnico de futebol dentro de si. Eu particularmente não tenho esta pretensão, mas como este espaço é para opiniões, faço portanto algumas considerações minhas próprias sobre a copa, a nossa seleção e de suas chances na África do Sul. Não tenho grandes expectativas por este time do Dunga, mas ao mesmo tempo pergunto: Existe alguma seleção que se destaque?

Talvez a Espanha, mas tenho a sensação que aos espanhóis sempre vai ficar faltando aquela força de chegada que penso ser importante em competições de tiro curto como é o caso da copa do mundo. Logo, considero que o Brasil tem chances de conquistar o torneio sim, embora não aposte minhas fichas nisto.

Torço para que o Brasil ganhe a competição, mas caso não ganhe a minha  segunda opção é que um time africano leve o caneco e como terceira opção a Argentina. Isso pode parecer uma heresia para nós brasileiros, mas eu sou extremamente bairrista, portanto como sul americano que sou gostaria que a taça viesse para o nosso subcontinente. Mesmo porque esta é uma copa de desempate. Até o momento temos nove copas ganhas por seleções sul americanas e nove ganhas por seleções europeias distribuídas da seguinte forma: Brasil cinco títulos, Argentina dois títulos e Uruguai dois títulos para a América do Sul; e Itália quatro títulos, Alemanha três títulos, Inglaterra e França um título para cada para a Europa.

É claro que eu poderia torcer para outra seleção da América do Sul, mas sejamos realistas, qual? Na verdade esta disputa entre sul americanos e europeus é extremamente desigual, visto que nossotros do lado de cá temos somente duas escolas de futebol competitivas, enquanto a escola europeia é muito maior e mais rica com uma quantidade de seleções fortes bastante significativa. Basta por exemplo vermos a distribuição de títulos na Eurocopa e na Copa América que fica fácil entender o que estou dizendo.Mas vamos ver no que vai dar, vamos ver qual é a da África!

sábado, 5 de junho de 2010

Obedecer ou não, esta é a questão!

Sou um cumpridor de regras. Posso não concordar com uma ou outra, mas penso que se estão postas, precisam ser respeitadas. As regras são a única forma comprovada de se viver em sociedade. Elas são a costura das relações humanas e o seu cumprimento é o sustentáculo do modo de vida de uma espécie que possui um alto grau de conhecimento acumulado (cultura).

Entre os animais também existem regras, porém o  instinto é o principal alicerce do comportamento. A força, o vigor e a experiência de cada indivíduo é que vai estabelecer a hierarquia social entre os mesmos. Mas a partir do momento em que é estabelecida esta hierarquia cada indivíduo cumpre seu papel e sabe exatamente o que fazer dentro e para o grupo, de forma instintiva. As relações sociais e as regras que as movem entre os animais é um tema extremamente interessante, mas no momento, discutimos as regras das relações humanas.

Durante a sua evolução, o animal humano passou das simples relações instintivas, para complexas regras sociais baseadas fortemente na cultura de cada sociedade. Desde os princípios da história que a força cultural dos humanos procura organizar regras de convivência em sociedade, para que as relações não sejam ditadas simplesmente pela força física ou econômica. Os dez mandamentos são um bom exemplo desta tentativa de organização.

O estado democrático de direito talvez seja o ápice desta evolução até o momento. É uma organização social altamente complexa, onde existem regras que permitem que a civilização se desenvolva cada vez mais e é flexível o suficiente para permitir até mesmo a contestação destas regras e se for preciso, mudá-las. Está explicado porque eu sou um democrata, um defensor da democracia, do estado que vem dela e é claro um cumpridor de regras.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"Amicus certus in re incerta cernitur"

Deixo para todos uma poesia que para mim é extremamente significativa, se não me falha a memória é de 

Fernando Pessoa

Meus Amigos

Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero a resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril. "

A propósito o título do post é uma citação de Sêneca (político romano) e a tradução é: "Amigo certo é nas horas incertas"
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