sábado, 1 de janeiro de 2011

2011!!! O que há de novo? Veremos! O que há de velho? Não existe o novo sem o antigo!!!


Tudo Novo? Talvez! Provavelmente não! Se não vejamos:

Bem vindo a todos ao ano novo de 2011, no entanto gostaria de lembra-los que não existe o novo sem o antigo!

Primeiramente Política:

Estamos entrando em um novo ano, o primeiro ano e o primeiro dia de governo da primeira mulher presidenta do Brasil! Algo de novo e extremamente significativo mas, é necessário lembrar que em política, a distância que separa o “ideal” daquilo que é “possível fazer” é enorme. E isso caros amigos não é nada original. Contudo apenas isto não quer dizer grande coisa. Pois a acachapante derrota moral e política que as oposições e as elites conservadoras deste país sofreram na ultima eleição pode felizmente trazer novos e inspiradores ventos para o país, porém não se iludam o velho jeito de fazer política ainda está por aí e estará por muito tempo.

Logo, voltemos ao que é ideal e ao que é possível (Real Politiks).

Os ideais da presidenta Dilma Roussef foram marcados a ferro e fogo, temperados na militância política clandestina contra um governo autoritário e ilegítimo, na prisão e na tortura. Isso não se muda com qualquer tostão, a não ser para oportunistas ou pessoas de fraco caráter, que infelizmente – não faltam na política da terra Brasilis.

O importante é que os ideais da presidenta são os de toda uma geração que chega a postos de comando na vida pública e na vida privada: inclusão social, extinção da miséria e do analfabetismo, educação e saúde para a maioria da população e para todos (quando isso for possível), melhor distribuição da renda, investimento em infraestrutura de saneamento básico, industrialização e geração de maior número de empregos, soberania energética, credibilidade e respeito internacional com uma diplomacia pela paz e não subalterna a interesses de outrem.

É preciso entender que, ao ser eleita presidente de todos os brasileiros, num país de capitalismo incipiente de pouco mais de meio século e enquadrado numa geopolítica de dependência, Dilma Roussef terá a responsabilidade de caminhar entre o ideal e o possível (visto que não se pode e não se quer criar retrocessos políticos ou institucionais), procurando trilhar um caminho que  agregue forças produtivas, mentalidades formadoras de opinião, Universidade, Forças Armadas, sindicatos, movimentos sociais, enfim um grande caldo de interesses que são extremamente diversos numa sociedade de formação democrática recente e ainda insegura quanto aos passos a dar.

Portanto, os conservadores, os defensores de uma democracia tutelada e em causa própria, os coronéis do latifúndio agrário e midiático, os cultuadores do ‘american way of life’, os jornalistas de coleira, os acadêmicos que teorizam sobre valores em decomposição, os instigadores de preconceitos, os moralistas de ocasião, os juristas de uma só classe social, os religiosos obscurantistas e fundamentalistas, os que sustentam a impunidade dos crimes de colarinho branco, os defensores da porrada no lugar do diálogo, os quinta-colunas e as viúvas da ditadura ainda estão aí e vão continuar botando as manguinhas de fora. Será imperioso união, coragem e convicção para continuar a enfrentá-los e derrotá-los, pacientemente, no dia a dia...
  
E isso tudo começa hoje!

Agora a mídia:

 A mídia como braço terceirizado da oposição, está com os dias contados, pois a mesma precisa reconquistar e reconstruir a credibilidade perdida,  com os seus departamentos comerciais justo ao lado das redações (Como bem provou Luís Nassif com o Caso Veja), porém isto talvez ainda não seja para agora, pois é mais fácil transpor rios do que a velha mídia largar certos hábitos que lhe entortam a escrita. É provavelmente mais fácil redesenhar a pirâmide social do Brasil do que a recuperação inconteste da credibilidade de certa parte da imprensa brasileira. A credibilidade passa com certeza mais pelos fatos bem narrados do que pela opinião de certos especialistas mantidos pelas grandes corporações midiáticas.

A espetaculização e opinialização (neologismo meu eu acho) dos conteúdos jornalísticos, portanto ainda deve ser a tônica por algum tempo, o denuncismo vazio e a falta do contraditório que tira a legitimidade destes atores em muitos aspectos do cotidiano ainda serão tratados de forma superficial e com um viés do pensamento de quem paga a conta. Notícias que não merecem ser notícia em contraponto a coisas que merecem ser notícia e são digamos assim, varridas para debaixo do tapete.

A mídia estará sempre pronta para mostrar as mazelas do país de forma espetaculosa, o exemplo do tráfico de drogas, com certeza um grande problema  para a sociedade moderna, não só aqui no Brasil, visto que ele está espalhado em todo o mundo e certamente o mesmo causa muita insegurança e gera um custo enorme para o estado combatê-lo e ou coibí-lo. Todos se lembram da catarse midiática, com a invasão das favelas do Rio de Janeiro afinal de contas os bandidos saíram para o pau e a polícia obviamente aceitou a briga. O resultado final saiu até melhor que encomenda para a sociedade em geral, logo, para desgosto dos famiglias midiáticas.

Contudo, existe um outro tipo de tráfico que a imprensa não gosta muito de mostrar, ou melhor, pelo menos não gosta de mostrar a parte que interessa do famoso tráfico de influência. Este sim, um crime que causa estragos violentos ao estado e claro ao tecido social da nação.

O que é novo, felizmente, é o contraponto a mídia, que foi por exemplo realizado pela blogosfera nas eleições e em outros momentos de tentativa de desestabilizar o governo que ora se encerra. As famiglias ainda estão tontas  e seus jornalistas de capacho não entenderam ainda os novos atores na difusão da informação que tomou conta  da Internet, não existe mais a garantia de segredos (Que o diga o WikiLeaks), deixando-os  meio órfãos visto que agora não são mais a fonte única de informação (pior a informação que passavam se mostrou não confiável), acabou o sistema no qual há informações para todos e há informações para alguns.

E este contraponto continua hoje!

De tudo que está acontecendo, algumas perguntas seriam interessantes de se fazer.

E o  WikiLeaks?

A humanidade tem jeito ou o fim está próximo?

O Brasil com certeza tem!

E o fim?

"Quem sabe o rumo das naus errantes se tão grande o mar por se navegar!"


O futuro de uma sociedade é baseado nas escolhas das pessoas que a integram, o Brasil fez sua escolha e penso eu que a sociedade consegue interpretar melhor os seus destinos que as pessoas individualmente. A sabedoria das escolhas coletivas (Leia-se Democracia) é o que de mais poderoso a humanidade já produziu para o seu avanço e aperfeiçoamento e é mister que seja respeitada, sem contudo se esquecer da liberdade de escolher e de agir dos seus indivíduos.

O resto fica para depois!

Para terminar deixo para apreciaçõa a maravilhosa palestra sobre as escolhas proferida pela Shenna Iyengar no T.E.D.

 

Feliz ano novo!
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