Sou mais parecido como Hermann Hesse, pois não sou aquele que sabe, más o que busca. É muito difícil conhecer a verdade, pois a condução da verdade costuma nos enganar, é desta forma que nós os seres humanos vivemos. Somos absolutamente confusos com o nosso incrível jeito de acreditar ou de fantasiar. A fantasia, esta sim, é apaixonante, no entanto devemos lidar continuamente com a Mente Crente. O fenômeno da Mente Crente, segundo o Dr Luís Cláudio Correia em seu Blog é o termo que reflete nossa tendência de nos excitarmos
mais por afirmações do que por negações. Este é um tropismo humano que infelizmente em certas situações, não podemos adotar, não podemos viver com o paradigma do conto de fadas. Pois, em certos âmbitos, não podemos ser fanáticos, não temos este direito.
Este fenômeno mostra exatamente
como nós somos e como nós funcionamos. E isto é muito bom quando
pensamos em Deus ou em nossas crenças espirituais, afora isto, é melhor
repensar um pouco.
A Mente Crente, vem da nossa evolução histórica, da nossa razão evolutiva, primeiro nós seres humanos, sempre tentamos e precisamos entender o universo (pois isto é mais confortável nos faz sentir melhor), porém no começo, não tínhamos conhecimento científico para tal, logo fazíamos relações casuais para melhor entender os fenômenos, e segundo, pela nossa necessidade de sobrevivência, pois era melhor pensar que os barulhos eram feitos por animais perigosos do que pensar que era o vento a provocá-lo (correr certamente seria melhor para sobreviver).
No entanto, isto vale para qualquer área do
conhecimento e do pensamento humano e ainda hoje é muito difícil nos livrarmos facilmente do passado. Infelizmente temos esta força enorme, de agir
como manada, principalmente quando lidamos com velhos conceitos, contudo como disse o Dr. Luís Cláudio Correia, a verdade não existe para ser sedutora, logo os erros então, tendem sempre a piorar. Afinal de contas, qual a
diferença entre esta crença "dança-da-chuva" ou a crença da "posição dos
astros no exato momento do nascimento de uma pessoa vai influenciar nos
acontecimentos de toda uma vida"? Qual dos pensamentos é mais absurdo? Quais são as informações que nós temos? Estas são perguntas importantes de se fazer.
Temos que lembrar que nós não vemos as
coisas como são, vemos as coisas como somos. Pois, essa é a nossa tendência de achar que
desta forma, é que estamos sempre no dito “caminho certo” repetindo, portanto mentiras
como se verdades fossem, e esquecendo continuamente que podem sim existir
outros caminhos e soluções, que valem no final das contas tanto para o “bom uso”
quanto para o “mau uso”. De acordo com Dr. Luís Cláudio Correia a incerteza afinal existe para os dois lados, por isso que a análise
estatística dos trabalhos e do conhecimento é sempre bicaudal. Quando não sabemos se algo é benéfico, não sabemos também se é
maléfico. Simples assim.
Porém a verdade é que as idéias e certas notícias são criadas
de forma precipitada, sem a evidência científica ou jornalística adequada. São verdades criadas
sob alicerces tão fracos que qualquer vento que passa as derruba. Embora criados sob fracos alicerces, certas coisas são tão repetidas que
passam a se tornar verdade no consciente coletivo. “Uma mentira repetida muitas
vezes vira verdade” (velho conhecimento fascista, usado e abusado por Hitler em sua propaganda) e essa "música" ainda funciona infelizmente, com o meio jornalístico e na ciência, é só olhar com cuidado para se notar, afinal de contas fatos são fatos, já o julgamento e como mostrar o acontecido no entanto, mostra mais tendência afinal, do que legitimidade. Precisamos sempre de novas fontes de informação e independentemente do mérito de cada informação, como disse Luís Nassif em seu Blog, as pessoas terão à sua
disposição condimentos dos mais variados para poder montar o SEU prato, a
SUA opinião. E precisamos usá-los corretamente, e realmente aprender a
pensar e agir de forma mais concisa, livres de velhos paradigmas e
conhecimentos anteriores, de forma consciente, clara e com o bom senso elevado
a máxima potência.
É difícil?
Tenho certeza que é!
Mas nos deixa com uma menor
quantidade de erros e aumenta os nossos acertos futuros, o que nos permite
concluir, julgar e agir. Ajuda-nos finalmente pôr as
ações humanas numa balança, ponderar, com espírito aberto, objetivo, prático,
compreensivo, generoso e magnânimo. E assim a humanidade caminharia certamente de
forma melhor.
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