Eu não tenho nada a dizer sobre os dizeres de FHC no seu último escrito só mostra uma enorme dor de cotovelo. A presidenta Dilma Russef até tentou entender a importância de uma oposição civilizada, programática (Conforme Luís Nassif em seu Blog) e teve que responder as implicações imprecisas (para meu ver falsas) e imagino que para ela também no que foi dito em nota oficial no Blog do Planalto, mostrando inclusive uma interlocução de que é bom ela ver uma síndrome de dor e segundo Nassif de escorpião também. O texto abaixo do Emir Sader mostra a enorme dor de cotovelo do mesmo, e o nome da dor é Lula. Só nos resta compadecer de sua dor Em gênero número e grau!
Sorry for him!
Sorry for him!
O governo Lula recebeu uma herança maldita do governo FHC, refletida
numa profunda e prolongada recessão, no desmonte do Estado, na
multiplicação por 11 da dívida pública, no descontrole inflacionário. O
controle da inflação jogou-a para baixo do tapete: transferiu-a para
essa multiplicação da dívida pública.
O povo entendeu, rejeitou FHC e derrotou os seus candidatos: Serra
duas vezes e Alckmin. Isso é história, tanto no sentido que é verdade
incorporada à história do Brasil, como história porque o governo Lula,
com grande esforços, superou a recessão profunda e prolongada herdada e
conduziu o Brasil ao ciclo expansivo que dura até hoje.
Para não aguçar o clima de instabilidade que a direita pretendia
impor no começo do seu governo, Lula preferiu não fazer o dossiê do
governo FHC, que incluísse tudo o que foi mencionado, mais os escândalos
das privatizações, da compra de votos para a reeleição, da tentativa de
privatização da Petrobras, entre outros.
Não por acaso FHC é o político mais repudiado pelos brasileiros. Já
na eleição de 2002, Serra tratou de distanciar-se do FHC. Em 2006, as
privatizações, colocadas como tema central no segundo turno, levaram a
uma derrota acachapante do Alckmin. Em 2010, de novo, o Serra nem
mencionou FHC, tentou aparecer como o melhor continuador do governo
Lula, para a desmoralização definitiva do governo FHC.
Ao lado disso, economistas da ultra-esquerda esposaram a bizarra tese
de que não havia herança maldita, que o governo Lula era continuidade
do governo FHC, que mantinha o modelo neoliberal. Além de se chocarem
com a realidade das transformações econômicas e sociais do país, foram
derrotados politicamente pelo total falta de apoio a essas teses no
final do governo Lula, quando o candidato que defendeu essas posições,
apesar de toda a exposição midiática, teve 1% dos votos.
FHC não ouve ninguém, despreza os que o cercam, mas sofre da teoria
da dependência da dor de cotovelo. Dedica as pouco claras forças mentais
que lhe restam para atacar Lula, cujo sucesso – espelhada no apoio de
69,8% dos brasileiros que querem Lula de volta como presidente em 2014 e
nenhuma pesquisa sequer faz a mesma consulta sobre o FHC, para não
espezinhá-lo ainda mais – fere seu orgulho à morte.
Esses amigos tentam convencê-lo a não escrever mais, a não se expor
ainda mais à execração pública – com efeitos diminutos, porque ele não
ouve, seu orgulho ferido é o maior dos sentimentos que ele tem, mas
também porque ninguém lê seus artigos – a se retirar definitivamente da
vida pública. Cada vez que ele se pronuncia, aumentam os apoios ao Lula e
à Dilma.
A história diz, inequivocamente, que o Lula é um triunfador e FHC um
perdedor. Isso a direita e seu segmento midiático não perdoam, mas é uma
batalha perdida para todos eles.
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